terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Mafalda

Para começar as despedidas deste ano, nada melhor que Mafalda!!!

Em julho conversamos pra ver se podemos dizer a mesma coisa! =D

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Presentes de Natal

Eu nunca escrevi cartas para o Papai Noel. Mas até que não seria má idéia? Claro que as coisas seriam um pouquinho mais complicadas do que quando eu era criança... já não quero Barbies, patins nem outros brinquedos. As coisas que desejo são muito mais difíceis de conseguir. Ainda assim, já tenho a lista pronta:

Quero saúde, porque é necessário pro resto que vou pedir.
Quero um emprego. E entrar no doutorado. Na verdade quero um emprego para poder entrar no doutorado.
Quero muita diversão, festa e, principalmente, motivos para comemorar.
Quero uma paixão de tirar o fôlego. Com direito a borboletas no estomago, coração disparado, brilho no olho, mão gelada. E que seja correspondida, senão nem precisa trazer.
Caso a paixão não esteja disponível, também aceito paixonites, casos, aventuras, amores de estação e coisas do gênero.
Quero novos amigos. É sempre bom ter novos amigos. Também quero manter as amizades antigas, mas para isso não preciso de nenhum Papai Noel.
Quero coragem.
Quero força. Quero paciência. Quero saber quando usar um ou outro.
Quero entender. As pessoas, principalmente.
Quero conseguir deixar no passado o que é do passado.
Quero reaprender a olhar pro futuro, sem deixar de viver o presente.
Quero muita música, poesia, bons livros.
Quero gargalhadas.


É...tá certo que não é uma lista pequena. Mas também não é lá uma lista tão grande assim! Então, Papai Noel, fazemos assim: vê a lista e me diz o que pode fazer. As outras coisas eu tento dar conta! =D

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Uma saudade diferente

No próximo domingo é aniversário da minha mãe. Ela faria 48 anos. Por isso já faz alguns dias que a saudade tem rondado, apertado um pouco mais forte. Como ontem no mercado com minha tia, em que tive que me segurar porque algumas lembranças insistiam em pousar no meu pensamento. Como logo que minha tia adoeceu, quando eu e minha mãe quase enlouquecíamos tentando entender o que ela queria, ou convencê-la de que aquilo não era necessário. Lembro que de vez em quando eu era a responsável porque minha mãe queria se esconder da tia, como que fugir dela por um tempo - dentro do supermercado. E eu tinha que dizer: “mãe, para com isso!” de uma forma meio rude e ela ria de um jeito que era impossível ficar inerte.


E hoje, meio por acaso, achei uma caixa repleta de fotos que eram de minha mãe. A maioria eram da Orionópolis, das viagens dela, de missas e pastorais e coisas do gênero. E, como que para atiçar a saudade, examinei minuciosamente cada álbum, procurei lembranças em cada imagem.

Mas foi uma saudade diferente que senti.

Porque minhas saudades, aquelas que se referem à minha mãe, são sempre muito doídas. A falta me remete sempre aos últimos meses, em especial aos últimos dias, à internação, aos sons e imagens e palavras daqueles últimos momentos e que tanto me marcaram.

Mas dessa vez não.

Dessa vez eu a vi em fotos que me trouxeram de volta os seus melhores momentos. Ou melhor, as minhas melhores lembranças. Em algumas ela estava com aquele sorriso que já tinha esquecido que ela tinha e quase consegui ouvir a gargalhada dela. Em outras, aquela mulher guerreira que eu tanto admirava, que eu tanto admiro. A amiga, a mãe, a mulher que lutava pelo que acreditava, as pequenas artes que ela sempre fazia, a forma com que ela tornava os problemas mais leves, o que ela me ensinou... tudo o que eu mais gosto nela eu revivi hoje, em fotos, em lembranças.

Foi uma saudade diferente porque me fez rir de algumas lembranças e me alegrar de ter tido essa pessoa tão maravilhosa me ensinando a viver. E hoje até a os beliscões na costela me deram vontade de rir. É claro que a falta dói, e por isso também não consegui evitar de chorar um pouco, enquanto ria...maluquice que hoje me pareceu óbvia. A falta dói, mas hoje eu me lembrei da presença e, ainda que muito pouco, foi reconfortante. Foi impossível não rir. Foi impossível não chorar.

E hoje, com essa saudade um pouco mais colorida, penso como seria se eu encontrasse com ela. Ela estaria orgulhosa pelo mestrado. Ela me mataria pelas tatuagens. Eu mudei um pouco nos últimos anos, me tornei mais cética, menos otimista... como ela veria essas mudanças? Acho que ficaria um pouco preocupada, mas entenderia. Ela sempre se preocupava. Talvez ela se decepcionasse um pouco com algumas das minhas escolhas e minhas crenças, talvez mantivesse a paciência e pensasse que eu ainda vou acertar o meu caminho.

Algumas fotos estão espalhadas pela cama e eu as vejo com o coração cheio da saudade mais feliz que eu já tive. Não é uma saudade fácil. Essa também machuca muito. Mas chego a pensar que talvez ela esteja em algum lugar olhando por mim e que um dia ainda vamos nos abraçar novamente. A fé, ainda que por uns poucos instantes, renasce em mim com a força que tinha na minha infância e adolescência; aquela fé inocente, que acredita sem dúvidas nem questionamentos. E por hoje eu consigo lembrar dela sem nenhum dos fantasmas que sempre rondam os meus pensamentos.


E eu consigo pensar em como foi, em como é maravilhoso tê-la como mãe; que ainda na ausência é absolutamente presente na minha vida. E de como é incrível ser um pouco como ela.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Agridoce novembro.

Existem algumas frases que se tornam marcantes. Letras de música, poesias, crônicas, nomes de filmes, sempre existem frases que se tornam eternas. 'De repente, não mais que de repente'. 'Filhos, melhor não tê-los'. 'E agora, José?' 'Que seja eterno enquanto dure'. 'Doce Novembro'.

Sim, eu gosto desse filme meloso que você assiste sabendo que vai chorar. E acho perfeito o final, que um monte de gente não gosta porque acha que deveria ser mais feliz [o que é impossível, porque era tinha uma doença incurável em fase terminal e ainda que o filme termine antes ela ia morrer e de qualquer jeito eles não iam ficar juntos.] E essa é uma frase que marca todos os novembros desde que assisti este filme.

Não, esse ano não foi um doce novembro. Na verdade Novembro não costuma ser um mês fácil para mim. O feriado do começo do mês, os acontecimentos que encerraram o mês anterior, alguns dos acontecimentos também deste mês não me permitem dizer que foi um doce novembro. Mas não foi um Novembro ruim; eu terminei o mestrado, meu trabalho foi muito elogiado. Meus irmãos vieram pra cá, meu tio também. Minha tia, mesmo toda nervosa, foi me ver. Eu tive alguns momentos maravilhosos.

E, já que penso que a vida é feita dos momentos, eu não posso definir esse mês, nem nada, em uma palavra. Ao menos em uma tão simples como ‘doce’. Porque meu novembro foi doce, mas também foi amargo. Teve lágrimas e sorrisos, gargalhadas e esperanças desfeitas, planos suspensos e esperanças esperando dezembro para se delinearem. Um mês com saldo positivo; dentre mortos e feridos salvaram-se todos; foi, enfim, um novembro agridoce.

Então, que venha dezembro. Com seus anjos, suas promessas, os brilhos e as cores. Um dezembro cheio de momentos - e que o saldo também seja positivo!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Pequena oração para o final do mestrado

Não costumo fazer orações. Não para um Deus. Talvez essa informação seja surpreendente para alguns de vocês que me conhecem, mas para a grande maioria trata-se de uma afirmação desnecessária, óbvia. Não rezo para um Deus porque já há algum tempo penso que, caso ele exista, prefiro que se ocupe de situações mais graves e urgentes do que as minhas. Não me sinto à vontade ocupando Deus com meus problemas, que bem ou mal posso solucionar [ou ao menos conviver com eles] enquanto há pessoas morrendo de fome, uma bela de uma confusão no Oriente Médio, guerras, atrocidades, monstruosidades. Também não rezo para agradecer porque não sou modesta a ponto de guiar minha vida, tomar minhas decisões, seguir os meus caminhos e, nas poucas vezes em que acerto, dizer que a responsabilidade é de outra pessoa. Além disso, não consigo conceber um Deus tão infantil e mimado a ponto de precisar sempre que as pessoas lhe elogiem e prestem graças. Pra mim isso parece coisa de gente insegura, que precisa que tudo seja elogiado, que precisa ser paparicado. Depois de criar tudo o que dizem que ele criou ser inseguro não combina muito.

Mas enfim, estou dizendo isso porque hoje me deu vontade de fazer uma oração. Mas, não sou tão confusa assim, não é para um Deus. Acho, realmente, que todos deveríamos ter as nossas orações. Que fazemos para nós mesmos. Pedidos, promessas e, principalmente, a fé. Acreditar que está em nós a possibilidade de transformar a nossa vida e a dos outros; acreditar que é possível que nós façamos a diferença. Ter fé em nós e nas outras pessoas. E a vontade de fazer uma oração é para fazer um pedido a mim mesma, com toda a minha fé. É bem verdade que crer em mim não é algo que costumo fazer; pelo contrário. Mas as orações não são justamente para isso, para que não percamos e, mais que isso, para que aumentemos a nossa fé?
Por isso, uma oração. Hoje, que eu encerrei uma etapa da minha vida, uma oração que me dê força e uma direção para os próximos passos. É essa a minha oração, hoje. É um pouco ousada, talvez até prepotente. Mas é uma oração que eu faço com toda a minha fé, com todas as minhas forças:


Que hoje, ao terminar o mestrado, eu tenha conquistado mais que um título; que tenha sido mais uma etapa em uma formação comprometida com a mudança. Que minhas palavras não sejam vazias, que o que eu escrevi não tenham sido apenas frases de efeito, mas que eu realmente as use em minha atuação. Que eu não desista e que eu não pense que o melhor é que as coisas permaneçam como estão. Que quando minhas forças estiverem acabando eu tenha onde e porque recarregá-las. Que eu tenha sempre muita alegria, mas que ela não me impeça de ver a dor do outro e que vendo eu não a ignore. Que eu não me cale frente a práticas ruins, que eu não deixe de escutar os problemas dos outros e tentar buscar soluções. Que eu saiba conviver com e respeitar as diferenças. Enfim, que o conhecimento que eu produzi não fique trancado em um armário, mas que eu consiga propagá-lo e materializá-lo em práticas; e que eu nunca pense que o meu conhecimento atual é suficiente. Pelo contrário, que eu continue sendo movida por indagações e que esta sensação de precisar de explicações e respostas permaneça e faça de mim uma profissional que está sempre querendo e tentando melhorar.
E que assim seja,
Amém.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Sobre antigos e novos capítulos.

Hoje eu fui à casa em que minha avó morava, antes de vir morar aqui em casa. E, engraçado, é uma casa cheia de lembranças e que acompanhou toda a minha vida. Bem, a história é mais ou menos assim: a casa é do meu tio (por parte de mãe), e minha avó Dorothy (materna) morava lá. Quando ela morreu, meu tio emprestou a casa pra meus avós João e Zeferina (paternos); isso foi entre 1994 e 1995. Em 1996 meu avô morreu, e minha avó continuou lá. Mas há alguns meses resolvemos que minha avó não poderia continuar sozinha e que seria melhor ela vir morar conosco (e vocês sabem que isso é um belo de um eufemismo). Mas, isso feito, meu tio vendeu a casa; e fui lá com ele para ver as últimas coisas que tinham que tirar, o que ia fazer e tal. Foi uma sensação muito estranha. Primeiro, porque a casa já tinha ares de abandono, porque com a mudança cresceu o mato e a sujeira se espalhou. E tinha aquele ar de passado, sabe?! Uma sensação de encerrar um capítulo da minha vida.

Algumas das minhas lembranças mais antigas são daquela casa. Algumas das mais queridas também. Como quando minha avó Dorothy fazia pastel aos domingos. E eu, meus irmãos e primos inventávamos refrigerantes, misturando dois ou mais sabores diferentes (e dávamos nomes, do tipo ‘Sprinta’, quando era Sprite com Fanta. E ainda tomávamos isso). Quando dormíamos lá, e acordávamos cedíssimo querendo jogar queimada. Éramos cinco: eu, o Igor, a Elise, o Danilo e o Bruno. Ainda hoje nós cinco somos unidos; acho que isso vem dessa época, quando ainda nos encontrávamos todos os finais de semana e nos divertíamos muito, simplesmente sendo crianças. Lembro de colher quebra-pedra pra minha avó tomar chimarrão. Dela tomando chimarrão com minha mãe, das duas conversando na varanda enquanto assistia televisão na sala.

A primeira vez que cozinhei foi lá – minha avó me ensinou a fazer arroz. E em um aniversário meu que comemorei lá eu ganhei dos meus tios uma máquina de costura de brinquedo que usei acho que por uns cinco anos, pra fazer roupas pras minhas Barbies (coitadas, minhas Barbies sofreram porque eu sempre fui uma péssima estilista!) Lembro que minha avó dizia que eu tinha um coração de ouro. E que a gente sempre andava de bicicleta no pátio da frente; eu era uma criança com uma imaginação muito fértil e uma vez eu e minha irmã éramos princesas indo pra um baile, e então eu passei numa possa de água com a bicicleta. Não foi uma gota em mim; mas quando minha avó se deu conta eu estava dentro de casa, penteando meu cabelo; ela me perguntou o que eu tava fazendo e eu respondi que o cavalo tinha me derrubado em uma possa de lama e eu tinha que me arrumar de novo pro baile. Lembro da risada dela nesse dia. E que ela usava dentadura e de vez em quando tirava metade pra fora e ficava fazendo careta. Era horrível.

Lá tinham 3 árvores: uma goiabeira, uma mangueira e um pé de fruta do conde. As duas primeiras ficavam no fundo, e a última na frente; minha avó dizia que a goiabeira era da minha irmã, a mangueira do meu irmão, e o pé de conde era meu. Eu odeio fruta do conde. Mas adorava a idéia da única árvore da frente ser minha, eu dizia que a frente toda era e então eu podia decidir quem entrava e quem não entrava. Eu subia na árvore e ficava lá um tempão, que provavelmente não passava de alguns minutos, mas como eu era criança pareciam horas e mais horas. Minha avó tinha um amigo, o Eduardo. Ele dizia que ia se casar com ela e a gente ia ter que chamá-lo de vô Eduardo. E ele parecia ser tão incrivelmente bravo e tinha uma chinela de couro que ameaçava usá-la pra bater na gente (principalmente no meu irmão). Nós cinco inventávamos planos mirabolantes pra impedir o casamento.

Aí, minha avó morreu. Lembro da primeira vez que fui lá depois, acho que no dia seguinte ou após alguns poucos dias, com minha irmã e minha mãe. Lembro da Paquita, a cadela dela, ficar correndo pela casa e chorando. E depois, quando começamos a arrumar a casa pra meus avós irem pra lá. Pintando, tirando a bagunça do quartinho, desfazendo o canil dos cachorros. Pendurando um balanço de pneu que tinha na casa antiga dos meus avós. E depois, quando mudaram pra lá, eu passava todas as tardes naquela casa. Foi um período difícil esse. Acostumar com a morte da minha avó, com a mudança de escola e de período (foi quando comecei a estudar de manhã), com alguns outros problemas. E, um tempo depois, com a adolescência: o começo dela, algumas das tardes repletas de sonhos e medos e dramas foram naquela casa. Foi lá que ganhei meu primeiro sutiã. Lembro bem do dia, embora seja demais detalhá-lo aqui. Também foi lá que meu avô morreu, ao lado do meu pai e da minha avó.

E por muito tempo eu ainda continuava a subir nas árvores e me esconder. Era uma sensação maravilhosa, subir o mais alto que eu conseguia e ficar olhando por cima das casas. Uma sensação de liberdade. Mas, a essa altura, só tinha a mangueira; minha avó resolveu que queria cortar as outras árvores. Há alguns poucos anos ela conseguiu que cortasse também a mangueira, mas aí eu já não subia em árvores – embora ainda assim tenha doído um pouco vê-la derrotada, espalhada por todo o quintal, reduzida a um monte de galhos e folhas.

Depois de um tempo parei de passar as tardes lá; mas foi lá que eu arrumei uma mesa com todos os livros e apostilas para estudar pro vestibular, o que fiz por uma ou duas semanas. Diversas vezes me refugiava lá, pra estudar, quando já estava na faculdade e até no mestrado – eu gostava do silêncio. E o engraçado é que se antes da vó Dorothy morrer aquela casa simbolizava diversão, ela passou a simbolizar solidão; o que se intensificou quando meu avô morreu. Uma solidão nem sempre triste, é verdade. Às vezes era puro isolamento. Às vezes nostalgia.

Hoje sei cozinhar mais do que arroz, não uso nenhuma máquina de costurar, bebo coisas mais estranhas do que refrigerantes misturados. Já faz um tempo que não subo em árvores, embora ainda tenha aquela mesma sensação quando estou em um lugar alto qualquer. Já sei que o ‘vô’ Eduardo é uma pessoa maravilhosa que se divertida brincando de ser bravo conosco. Compro meus próprios sutiãs, acostumei a estudar sem precisar de silêncio, aprendi que não se precisa de um lugar pra se cultivar a solidão. Passei pela adolescência e hoje acho que foi mais fácil do que está sendo se tornar adulta. Tenho outros sonhos, medos e ilusões. Perdi outras pessoas e percebi que não se acostuma com a morte, se aprende a viver com a ausência. E foi com aperto no coração fui lá ontem e me deparei com toda aquela poeira e abandono. Mas sabe, não foi uma sensação ruim. Quer dizer, é sempre difícil ver como as coisas mudam; mas nada do que vivi naquela casa vai ficar naquela casa. Está tudo aqui, dentro de mim. Tudo o que vivi lá fez de mim o que sou. E se a venda dessa casa é o fim de um capítulo...também é o início de outro. E sei que há ainda muitas lembranças a se construir, em outras casas, em outros lugares - mas sempre carregando essa nostalgia, essa saudade. Todos os capítulos da minha vida são repletos destes sentimentos.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Minha mais nova paixão






Digam-me: tem como não se apaixonar por essa coisa linda? Essa é a Vitória, minha sobrinha emprestada, filha da Aline. E só por ela eu coloco na internet uma foto que eu estou toda descabelada.

Gente, vocês precisam ver. Até eu, que sou toda desajeitada, peguei no colo e ela dormiu tão quietinha e teve uma hora que ela até deu um sorriso lindo [e, caros amigos que estudaram desenvolvimento, foi sim um sorriso. Não foi um espasmo muscular, mesmo ela tendo só dois meses. Só bebês que não conhecemos tem espasmos musculares, os que a gente conhece sorriem de verdade!]. Na hora de tirar foto ela fez essa carinha de brava, mas ela gostou de mim sim, tá?!

Sabe o que é o melhor? A Aline mãe. Acho que no fundo ninguém no mundo imaginou a Aline mãe... mas ela é uma mãe incrível, e vai ser cada vez mais. E a tia aqui, mesmo sendo desligada, desajeitada e um pouco ausente demais, vai estar sempre junto dessa coisa fofa!

E Line, ela não é só um fragmento de gente...ela é tudo de mais lindo que existe. E ela vai ser muito feliz, só de ter uma mãezona como você ela já é muito sortuda!!!!

Amo demais vocês duas e qualquer coisa não precisa nem gritar: é só falar que eu to aqui pro que precisar!!!!!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Só um texto...

Era uma vez um menino muito maluquinho.

[Peraí. Essa história já foi contada. Por uma pessoa com muito mais propriedade que eu. E, afinal de contas, a pessoa de quem eu quero falar nem é assim, maluquinho. Então deixa eu pensar em outra forma de começar...já sei!]

Algumas pessoas entram na nossa vida nós não sabemos exatamente quando, ou como. E por entrar na nossa vida eu não digo conhecer, porque tem pessoas que a gente conhece desde sempre e não estão exatamente na nossa vida, elas são como figurantes, qualquer coisa assim. As que entram são as que participam, realmente, da vida. Que sabem dos seus dilemas, das suas dificuldades, dos seus medos. Que compartilham as alegrias, as paixões.

[Tá... isso tá muito geral. Preciso de uma coisa mais específica. Este não é um texto qualquer, daqueles que qualquer pessoa pode se reconhecer nele. É sobre uma pessoa específica. Então, vamos tentar novamente.]

Cara, o Jeferson. Ele é uma pessoa incrível. Mas sabe aquela história de que aparência não é essência? Isso é exatamente ele. Porque na aparência ele é divertido, animado, talvez até um pouco inconseqüente... mas na essência não é [bem assim]. Quer dizer, ele é divertido, mas não é só isso. Ele une as pessoas que estão próximas a ele. Não organiza festas pela festa, mas porque a todo o momento ele tenta demonstrar que não se é sozinho e que é preciso celebrar, sempre. E ele faz convites ótimos, que são um evento à parte. Ele é animado, mas mais do que isso: ele sabe animar. Só com ele um dia cinza e praticamente perdido se transforma em uma das maiores loucuras que fiz na minha vida, um dia divertidíssimo! Inconseqüente ele não é, de forma alguma. Mas parece ser assim porque ele se entrega, de uma forma que quisera eu ser igual. Porque pra ele não existe meio termo: se for pra amar, é com todo o coração; se for pra ter raiva, é com todos os músculos; se for pra chorar...aí a gente pega um garrafa de Vodka porque também ninguém merece ficar chorando o tempo todo!

Mas mais do que isso, ele é também companheiro, compreensível, corre em busca dos sonhos, enfrenta os problemas de frente, te segura quando você tá caindo. Ser amiga dele é ser amiga de todos os amigos dele, e de quebra ganhar uma família e dois cachorros! Ser amiga dele é ter com quem contar, mesmo ele estando em um lugar que, desconfio eu, não existe de verdade. (E ele tá nesse lugar porque é também um excelente profissional, preocupado de verdade em fazer a diferença e em não ser mais um.) Ser amiga dele é ter alguém pra ligar e dizer: Fiz besteira. Me salva? Além disso, ele é um grande conselheiro amoroso. Com conselhos que variam entre “se joga!” e “cai fora que ele tá jogando com você”, ele participa ativamente da minha vida afetiva. Ele participa ativamente de todas as esferas da minha vida.

Por isso, e milhões de outras coisas, o Jef é mais do que um amigo. Todos os dias sinto falta dele vir aqui em casa, tomar café e comer bolo de banana. Aliás, outra coisa incrível: ele já teve que comer cada gororoba que eu fiz...e continua arriscando, sempre!

As coisas às vezes ficam mais difíceis do que a gente gostaria, amigo. Mas não desanime! Você é uma pessoa incrível, maravilhosa e que ainda tem muito pra ganhar, muitas felicidades pra viver, muitos desafios a vencer. O problema é que no caminho você também vai encontrar algumas pedras... mas pensa assim: se o Carlos Drummond achou uma pedra e fez um poema que se transformou em um dos marcos da poesia moderna brasileira, você pode pegar as suas e construir uma nova teoria psicológica!

Esse é só um texto. Eu nunca poderia com um texto explicar tudo o que você representa. Mas Jef, nunca, nunca esqueça uma coisa: pode passar milhares de pessoas na minha vida, acontecerem dezenas de coisas com nós dois... eu sempre vou ser your girl!!!!

Te amo, beijos,

Lívia

sábado, 30 de outubro de 2010

"A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar"
[O Pequeno Princípe, Antoine de Saint-Exupéry]





Mas tem obrigação de seguir em frente.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Caio Fernando Abreu

Estou descobrindo este autor. E rapidinho ele já está entre os meus preferidos. Um dos trechos que mais me chamaram a atenção nos últimos tempos é dele, e segue abaixo...

"E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça - que não era Capitu, mas também tem olhos de ressaca - levanta e segue em frente. Não por ser forte, e sim pelo contrário… por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo".

Caio Fernando Abreu

[sim, estou um pouco depressivazinha ultimamente...]

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

.

Eu não sou uma mulher decidida. Sabe aquelas que dizem “eu sei exatamente onde quero ir”? Não, essa não sou eu. Eu não sei nem onde eu quero estar, quem dirá pra onde eu quero ir.

Às vezes às pessoas olham pra mim e pensam que eu sou uma dessas mulheres decididas, seguras, fortes. Toda essa coisa de ‘psicóloga terminando o mestrado’ pode parecer intimidante, pode parecer que eu sei o que quero. Mas não deveria. Eu sou o contrário. Eu sou um poço de dúvidas e indecisões. De medos. De sentimentos confusos e pensamentos desconexos. Minha insegurança é meu maior guia. E por isso sigo a vida tateando, tentando, indo passo por passo, cada movimento milimetricamente planejado como uma tentativa meio absurda de tentar segurar as coisas que eu sei que não posso conter.

Hoje não vai ter textos longos. Nem reflexões. Nem nada. Só isso, uma afirmação: eu sou extremamente insegura.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Escolhas

Você é as escolhas que você faz.

Todo mundo já ouviu isso. Aliás, essa é uma das frases que de tanto ditas acabam se tornando quase que uma expressão vazia, repetida exaustivamente aos quatro ventos e quase nunca realmente levada a sério.

Mas o problema é que não se trata de uma simples força de expressão. Todos os dias tomamos dezenas de decisões que vão desde as mais simples àquelas que podem mudar a nossa vida. E o mais difícil de algumas decisões é que às vezes percebemos só muito depois o quanto elas eram importantes; e, o que é pior, às vezes uma escolha que a gente pensa que é a mais simples torna-se um escolha decisiva.

Escolhemos a roupa. A cor do cabelo. O corte. Não escolhemos o que sentir, mas escolhemos o que fazemos com o que sentimos. Escolhemos com que armas lutar pela felicidade. Escolhemos quando devemos lutar ou deixar passar, escolhemos falar ou calar, escolhemos. Às vezes as escolhas não são nossas, e temos que lidar com as conseqüências; às vezes não percebemos que estamos escolhendo uma coisa ou outra até que não tenha mais volta.

Mas não importa, é sempre preciso fazer escolhas. Algumas são tão fáceis que nem percebemos muito que se trata de uma escolha e a fazemos com uma tranqüilidade inimaginável. Outras parecem como um salto no escuro, sem saber muito bem pra onde, sem ter noção do tamanho da queda, sem ver se há redes de proteção. Sem saber se o resultado vai ser um tombo daqueles ou uma das coisas mais divertidas que você já fez na vida. Essas decisões, essas escolhas são as que realmente nos definem, e são as mais difíceis de serem tomadas.

Saltar ou não?

A melhor escolha, nesses casos, é ficar na ponta dos pés, abrir os braços, respirar fundo e se soltar. Torcer pra que dê certo, ou ao menos que no fim do salto tenha alguém com você, seja pra te socorrer, seja dividir pra dividir a alegria. Mas é difícil, muito. Lidar com o desconhecido, com a chance de se machucar. Mas quer saber? Quando você resolve fazer isso...

É uma sensação maravilhosa.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Em homenagem aos mineiros resgatados no Chile.

Se cada dia cai

Se cada dia cai, dentro de cada noite,
há um poço
onde a claridade está presa.

Há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar a luz caída
com paciência.

Pablo Neruda

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

domingo, 26 de setembro de 2010

Saudades

Não é só das pessoas que sinto falta.

Sinto falta desse céu, de dias claros, de ipês enfeitando a cidade.


E nesses dias, sem muito o que fazer...tenho sido quase que só saudade.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Amores imperfeitos são as flores da estação

Ele tem um sorriso lindo. Ele não sorri sempre, mas sabe exatamente quando deve fazê-lo. Normalmente é quando você chega, um sorriso que ilumina o dia e que faz você se sentir a pessoa mais especial do mundo. E a mais boba, porque vive procurando sentidos ocultos nesse e em outros sorrisos. E se pergunta, cada vez que está sozinha: esse sorriso é só meu?

Um dia você está triste, não sei bem porque. Tá tudo tão meio assim que nem vê-lo tem aquele efeito de sempre. Aí ele chega, vocês conversam um pouco. Mesmo sem você dizer nada ele percebe que você não está bem e te diz uma coisa totalmente inesperada e que quase salva o seu dia; no mínimo te faz sentir incrivelmente melhor. É uma coisa boba, um comentário meio solto depois de alguma coisa que você fala, algo do tipo “só você mesmo”. É o jeito que ele fala que te faz sentir dessa forma: meio que rindo, com aquele sorriso mais bonito, olhando nos seus olhos, esperando a sua reação. E a sua reação é de uma boba, claro.

Tem dias que parece que nada dá certo. Você não dormiu bem, acordou atrasada, o dia mal começou você já teve que enfrentar fila. Mau-humor na certa. Quando o vê, pensa logo de cara: era o que me faltava. A última coisa que eu precisava era me sentir uma boba... mas hoje não! Hoje eu to com tanto mau-humor que vai sobrar até pra ele. Mas ele olha pra você, pergunta o que foi que você tá com essa cara, aí antes que você responda ele te abraça. E aquele abraço faz você se sentir incrivelmente bem. É um misto de protegida, tranqüila, animada... é uma coisa quase inexplicável. Ok, ele ganhou de novo.

E não é só isso: são as palavras, o que ele fala no MSN, ele entrar e te puxar, ele mandar uma indireta. É ele tocar na sua mão e você ficar pensando se foi de propósito. É ele dizer que nunca se esqueceria de você. É a forma como você se sente uma boba quando tá falando com ele, morrendo de vontade de falar alguma coisa que você não sabe bem o que é. Medo de falar e estar errada.

Vocês passam dias sem se encontrar. Nem pessoalmente, nem na internet, nem nada. Sua vida vai correndo tranquilamente e sem sobressaltos. Ganha outros sorrisos, outros abraços, outras palavras que te anima. São todos incríveis e, honestamente, você não está pensando nele. Aí um dia vem uma lembrança meio solta, de tempos atrás, e você até pensa que tudo passou, que já não é nada, você se deu conta que precisa de uma coisa real e não de uma bobeira qualquer que te faz sentir uma adolescente. Aí ele entra no MSN; você até mantém o mesmo pensamento – nem mesmo o puxa pra uma conversa! Mas ele te puxa, assim, de cara. Pergunta uma coisa qualquer, diz uma coisa qualquer. E quando você vê já estão com as mesmas trocas de indiretas e você tá sentindo tudo aquilo que pensou que não mais sentia.

Não sei bem porque, mas você gosta dessa sensação. Ele te faz sentir perdida, confusa, mas muito bem. E você não entende, quem dirá pode explicar o porquê.

Hoje começou a primavera. E, definitivamente, amores imperfeitos são as flores da estação.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Retrato em Branco e Preto

Amo Chico Buarque. E, de quando em quando, uma música passa dias e dias na minha cabeça. Essa é a da vez.
Como na maioria das músicas do Chico Buarque, impossivel não notar identificações com a música. Sou uma colecionadora de sonetos. E essa semana foi repleta deles.
Mas enfim, "Retrato em Branco e Preto" é linda e, como fica ainda mais dramática na voz da Elis Regina, vai o vídeo com ela cantando.






Se eu fizesse promessas, diria que este vídeo vem acompanhado com uma: a de postagens mais recentes. Como não faço, nos próximos dias vamos ver no que dá...

Lívia

domingo, 22 de agosto de 2010

Começando a vida em São Paulo

São Paulo, há duas semanas. Estou estranhamente adaptada a essa cidade – provavelmente porque ainda estou mais como turista do que como uma moradora. Já acho perto distâncias como uma hora e meia de transporte e ter que optar entre andar 20 e poucos minutos ou pegar outro ônibus já me parece melhor. Minhas pernas parecem saber onde me levar e quando me perco tenho a impressão que estou fazendo uma forma de reconhecimento. Aprendi a pedir informações, a trocar o ônibus pelo metro e depois outro ônibus, a usar o Google Maps em qualquer movimento.
Como ainda não tenho a data da qualificação, ainda não procurei nada por aqui. Acho que vai ser uma coisa de uma hora pra outra, e não posso correr o risco de arrumar por aqui um compromisso que me dificulte ou impeça de voltar pra Campo Grande. E nem perder uma entrevista ou coisa assim porque marquei e depois tenho que desmarcar. Enfim, estou quase na mesma espera que estava em Campo Grande, fazendo força pra controlar a ansiedade e quase enlouquecida com isso.
Mas São Paulo não é só espera. Já conversei com algumas pessoas, que moram ou moraram aqui, e que têm me ajudado muito – a me convencer que foi a decisão certa, me incentivando, dizendo que tudo vai dar certo. Minha insegurança, sempre tão grande, tem cada vez mais dado espaço a certeza de que as coisas vão dar certo. Além disso, existe uma coisa nessa cidade que me fascina. Existem, aliás, muitas coisas que me fascinam. É um mundo de possibilidades, muitas das quais eu talvez nunca chegue a conhecer. São tantas possibilidades que cheguei a questionar se é o doutorado mesmo que eu queria. Talvez procurar um emprego e ficar nele, são tantas as áreas da psicologia! Dúvida que já passou, embora a necessidade de arrumar um emprego seja permanente – preciso me manter por aqui, ao menos enquanto não tenho a bolsa. Isso, claro, considerando que eu entre no doutorado (acho que esse ano não dá mais tempo, provavelmente terei que fazer a seleção só no ano que vem). Me fascina também as pessoas, tão diferentes e convivendo no mesmo espaço, dividindo os lugares, os transportes, os sonhos e os objetivos.
Aqui parece que o tempo passa de uma forma diferente e minha vida tão milimetricamente organizada, como era em Campo Grande, cede espaço a horários malucos (e ainda nem tenho uma rotina que com certeza deixa isso ainda mais intenso). As pessoas aqui parecem ser mais amistosas do que em Campo Grande, o que realmente me surpreendeu. E, como disse meu irmão, as coisas aqui são muito duras e difíceis para que se perca tempo com picuinhas.
Mas uma coisa muito forte por aqui é a saudade. Sinto uma saudade imensa de milhares de coisas! Saudades dos amigos, até daqueles que eu não via com freqüência, mas que tinha a possibilidade de no próximo final de semana marcar alguma coisa. Saudade de encontrar pessoas conhecidas em qualquer lugar; sair pra fazer compras, ou à uma festa, ou em qualquer lugar e, invariavelmente, ver pessoas conhecidas; e às vezes ter a sorte de achar um amigo e pôr a conversa em dia. Saudade do meu pai. Uma saudade tão grande da minha tia que aperta meu coração toda vez que eu falo com ela. Saudade do pôr-do-sol! Aqui de repente já é noite e sinto falta daquela profusão de cores que em Campo Grande nos mostra que o dia já está acabando. Talvez porque meu coração esteja cheio de saudades, mas a saudade que sinto da minha mãe parece ser ainda mais dura por aqui.
E é assim, dividida entre o fascínio das possibilidades e o coração apertado de saudades, que vou começando a minha vida em São Paulo.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Desde o começo eu sabia que essa estória de blog não ia dar lá muito certo. Eu não tenho muita inspiração para manter isso com mais freqüência... mas de vez em quando surgem algumas coisas que têm que ser ditas e escrever às vezes é a melhor forma de fazê-lo.
Hoje eu to indo embora de Campo Grande. É uma mudança que vai acontecer meio aos poucos, porque volto em alguns dias para qualificar, e depois para defender o mestrado, e logo é final do ano e já volto... enfim, estou tentando convencer a mim mesma que este não é um passo gigantesco e que vai mudar completamente minha vida. Parece estar claro que não estou conseguindo.
Neste processo de mudança, apesar de todo mundo saber que eu já tinha decidido ir, eu não contei pra todos que eu estava indo agora. Algumas despedidas ficaram pras próximas vindas, porque eu não agüento tudo de uma vez. Outras despedidas são absurdamente difíceis, mas necessárias, como a da minha tia. Outras, ainda, ficaram meio como um “até logo”, porque a certeza de que nossas vidas é um constante encontro e desencontro faz com que tenhamos a sensação de que não é exatamente uma mudança.
Mas o que me fez escrever este post hoje, algumas horas antes de viajar, foi a despedida que acabei de fazer. Uma das mais difíceis – tanto que teve que ser feita em duas etapas.
Uns amigos vieram aquí em casa agora a noite, e já tínhamos nos despedido no final de semana. E foi com o coração na mão que eu via que o tempo passava, que estava chegando a hora deles irem embora... mas também, e principalmente, foi maravilhoso compartilhar esse momento com eles. Porque cada risada que a gente dava, cada foto da lembrança que eles me preparam que nós víamos, cada palavra me lembrava de uma coisa que a gente passou. Nos conhecemos já faz um tempo grande, mas nos últimos três anos ficamos cada vez mais próximos. E agora, cada problema é enfrentado junto, cada alegria compartilhada, cada sonho divido entre todos, cada decisão conta com a participação e a opinião dos outros.
Foram dezenas de fofocas, suquinhos gamy, fotos, momentos, abraços, lágrimas, palhaçadas, e milhares de pequenos momentos que preencheram minha vida. Sem eles tudo seria vazio. Sem eles eu não teria conseguido enfrentar os furacões e tempestades que de vez em quando a vida trás.
Eu tenho muitos amigos, essa é uma coisa que eu não posso negar. Morro de medo de parecer injusta com alguns, mas saibam que o que faz com que esta despedida tenha sido uma das mais difíceis é porque estivemos muito próximos nesses últimos tempos. Eles estavam no meu dia-a-dia, todo dia no MSN, quando não tinha noticia de um perguntava pro outro. Porque passava temporadas sem sair e de repente resolvíamos fazer uma janta, aí juntávamos meia dúzia de coisas, convidávamos o José e a festa tava feita. E isso era motivo para outras festas, outros encontros, outras conversas. Pelas discussões teóricas, pelos medos, por compartilhar os sentimentos que nada ia dar certo e por passar por isso. Por acordar sete horas da manhã no frio pra estudar junto. Por quase matar o outro por levantar duvidas que antes não existiam, mas que de repente passaram a ser existenciais. Enfim, por serem eles.
Jeferson, Priscila Teruya, Priscilla Bolfer, Luis e Julio. A amizade de vocês está entre as coisas mais especiais que eu tenho na vida. E se hoje eu tenho coragem de ir, é porque sei que tenho para onde voltar. Porque sei que ainda que cada um vá parar em um canto diferente do mundo, nós sempre vamos estar perto.
Hoje, enquanto via aquelas fotos, pensava nos milhares de momentos que a gente passou junto, e das confusões, e das loucuras, e de tantas outras coisas nos tornaram um grupo de amigos. E pensava que consigo ir porque levo dentro de mim todos e cada um destes momentos; que algumas coisas nunca ficam para trás, a gente carrega sempre dentro do coração. E que meus sonhos e meus projetos não existiram sem vocês.
Logo volto para mais momentos e, enquanto isso, a internet vai quebrando o galho e encurtando as distancias!
Amo vocês, e obrigada por tudo.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Previsão do tempo

Previsão de tempo para Campo Grande: Sol com algumas nuvens. Não chove.
Como assim, não chove? O tempo já tá mais do que seco, respirar tem se tornado uma das atividades mais desgastantes e cansativas que se pode realizar. Mas assim que abro o navegador da internet é a primeira notícia que me aparece. Ao lado do meu computador tem um pequeno aquário, com conchas que trouxe de uma viagem à Maceió (numa tentativa meio infantil, meio romântica de ter o mar perto de mim); olho para elas e quase as escuto me maldizerem por trazê-las para um lugar em que nem o ar tem um resquício de água. Em cima delas há um desses chaveiros de lembrança no formato de um barquinho e só consigo pensar que se trata do Galeão achado por José Arcadio Buendía e que estava misteriosamente longe do mar. Mas o meu não está cercado por orquídeas, só por poeira. Que desisti de tirar porque ela é mais rápida e disposta que eu. A poeira, aliás, é um mistério à parte na minha vida. No meu quarto, mais especificamente: assim que eu limpo com um pano úmido e todo o cuidado que uma Amélia teria, ela retorna e passa a ocupar os mesmos espaços. Se passo dias e dias sem nem olhar ela fica lá, com a mesma espessura fina como se há poucos minutos tivesse se posto naquele lugar. Nem a poeira muda.
Ao lado das conchas e do galeão está um retrato, única coisa que não suporto ver empoeirada. Por isso está cheio de dedos e marcas, mas sem uma única poeira. A poeira dá um ar de descuido que não suportaria ver na foto. Tem coisas que não devem ficar no passado, ainda que a vida insista nisso. Por isso fazemos de conta que continuam ao nosso lado, ativos participantes de nossas vidas, nossos sonhos. E de nossos medos, também. Mas é um retrato que, por definição, fica parado. Fazendo de conta que não se importa, ao lado do retrato, um pequeno palhaço veneziano faz uma pose que lembra de longe um sorriso, mas o olhar perdido dele me faz ter certeza que ele tá com tanta dificuldade de respirar como eu. Até as flores de uma caixinha que tem abaixo do porta-retratos parecem secas. Se não fossem de metal juraria que a pobre borboletinha que as acompanha já seria uma ótima companhia para as minhas queridas borboletas do Museu do Índio, que nem sei como devem estar porque ainda não fui visitá-las desde que mudaram de endereço.
Olho em volta e tudo está assustadoramente igual à ontem. E antes de ontem. O que é estranho, porque ontem tinha uma montanha de roupas que, tenho certeza, passei hoje pela manhã. As roupas não estão lá, mas parece que nunca estiveram. Os livros que estão fora do lugar são os mesmos de sei lá quando e os que estão no lugar parece que nunca foram mexidos; mesmo que tenha arrumado todos os meus papéis e tenha começado a ler um livro há três dias. Meu computador quebrou no último domingo, mas parece que sempre foi desse jeito. E parece que vai ser assim pra sempre. Sei exatamente o que está passando na televisão, e o que vai passar depois. Sei tanto que prefiro ficar de costas para ela; mas deixo ligada porque além de tudo ainda ter o silêncio seria meio enlouquecedor. Acho que sem o barulho da televisão ouviria as conchas, melhor não arriscar. Quase tenho a impressão que venta, o que seria ótimo pra ter a impressão que alguma coisa realmente acontece; mas o mensageiro dos ventos está absurdamente quieto.
Além de não chover, não venta.
Olho em volta novamente. Procuro alguma coisa que me chame a atenção, algo que me distraia, algo diferente: nada. Tudo exatamente igual. Parado. As fotos do mural estão tão longe da minha vista como parecem estar da minha memória. Novamente parafraseando Gabriel García Márquez, tentando recompor os tantos estilhaços dispersos do espelho quebrado da minha memória. E nesse espelho quebrado minha formatura fica ao lado de uma Virada Cultural, um dia de Jornada Acadêmica no LAC meio por cima de uma foto de uma festa que aconteceu uns três anos depois, uma borboleta que era pra trazer sorte brilha por cima de uma foto dentro de um carro. Por um segundo tenho a impressão que a mesma poeira que cobre minha mesa esta começando a subir pelo meu corpo. Me mexo na cadeira, por garantia. Escuto a noticia de um furacão; só pra no momento seguinte ouvir que o tempo continua seco na maior parte do país.
Como em Campo Grande.
Como em Campo Grande que não chove, que não venta, que não acontece absolutamente nada.
Tomo uma decisão: vou dormir. Quem sabe amanhã não chove?

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Sobre o felizes para sempre



Sim, passei dias sem escrever. E não tem desculpas: tive tempo, talvez até inspiração. Mas essa ultima semana a preguiça falou mais alto... mas, para voltar, contar de uma coisa muito legal que aconteceu semana passada. Como de costume, uma pequena introdução...heheheheh


Eu, como quase todas as meninas, cresci ouvindo histórias de príncipes e princesas encantadas. Aquelas coisas da Disney, de “não se preocupe que o príncipe resolve todos os seus problemas e ainda te leva pro castelo encantado e de quebra vocês ainda ganham o felizes para sempre”. Confesso que passei grande parte da minha adolescência acreditando nisso. Muitos dos meus problemas (problemas de adolescente; mas deve-se dar um desconto porque na época parecia que aqueles problemas eram o que poderia haver de pior) só eram encarados com a ilusão de que logo alguém chegaria e resolveria todos os meus problemas.


Há muito deixei de pensar assim. Em relação a príncipes, em relação a salvadores. A vida deve ser intensa, verdadeira e nisso não há lugar pra perfeição, pro “felizes para sempre”. Porque o felizes para sempre não engloba os conflitos, os problemas do dia-a-dia, as desavenças, àqueles acontecimentos que surgem numa manhã fria de de domingo e mudam toda a sua vida, sem nem te dar tempo de respirar pra enfrentar o baque. O felizes para sempre ignora a realidade.


Não, não sou uma pessimista. É exatamente o contrario que quero dizer: intensidade não é a felicidade absoluta, o felizes para sempre; mas o felizes hoje, agora, o felizes apesar de. É enfrentar os problemas. É entender os defeitos.

Adorei essa lembrancinha!


E cada vez que vemos esse tipo (o verdadeiro!) de felicidade é muito bom. Semana passada uma grande amiga minha casou. Eu fiquei imensamente feliz com isso porque acompanhei a estória dos dois desde o começo, vi cada problema, vi eles resolverem e enfrentarem tudo. Participar desse momento dos dois foi uma situação impar por milhares de razões. Porque revivi todos os momentos que passamos juntas desde a época da faculdade. Das brigas, das confusões, da ameaça de expulsão da faculdade (pois é, confusões e injustiças de uma Jornada...), das festas, das provas, de dividir uma vida. Eu também acompanhei (embora nos últimos meses com uma distancia um pouco maior e mais dolorida) a estória dos dois e ela me faz ter certeza de que não existem príncipes encantados, e essa é a parte boa da história. Eles tiveram problemas, provavelmente vão ter outros ainda. Mas a felicidade que os dois estavam, o amor que eles sentem, é maior que isso tudo.


Então, felicidades aos noivos!!!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

“Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara”.

A primeira vez que vi em uma livraria “As intermitências da morte” decidi que queria ler. Mas lembro que passei meses prometendo que ia comprar, outros tantos esperando meu irmão, que tinha comprado, mandar de São Paulo, mais algumas semanas esperando criar coragem. Porque tinha certeza que não seria uma leitura fácil. Um livro que personifica, coloca sentimentos na morte. Este é para mim um assunto muito delicado; mas os assuntos mais delicados não podem se tornar tabu e este livro estava começando a ser um. Então resolvi respirar fundo e ler um livro que defendia a morte.
Estava errada.
“As intermitências...” é um livro que defende a vida, vivida até o último momento. E que, para que isso seja possível, é preciso entender que uma hora a morte chega; e é preciso recebê-la como a um convidado que causa desconforto e embaraço por ter chegado antes da hora, mas que deve ser bem tratado e chamado a sentar-se conosco.
Não aprendi essa lição. Ainda tenho a morte como a um daqueles convidados que se tem a obrigação de abrigar, alguém que não se suporta, mas não há nada a fazer senão tolerar.
Hoje a morte levou Saramago. O único autor de língua portuguesa a ganhar um prêmio Nobel de Literatura. Autor de uma literatura engajada e crítico de uma sociedade que não vê e não pensa. Contrário às religiões, mas com uma crença inalienável no homem.
Em tempos de celebridade instantânea, de individualismo exacerbado e de paixões por quem aparece na TV é cada vez mais necessário reler, rever, entender o que Saramago disse. O que todos que vão na contramão desta realidade tem à dizer. É preciso deixar de ver e começar a reparar, a olhar, a entender. É preciso ir além das aparências e penetrar na essência das coisas, transformar uma realidade embrutecida e enlouquecedora. É preciso lucidez.
Concordo com Fernando Meirelles: hoje, com a morte de Saramago, o mundo ficou mais burro e cego.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Eu gosto, muito, de morar em Campo Grande. Ok, ok, apenas há poucos anos temos boas peças teatrais, e o preço ainda não é lá muito acessível; o cinema daqui é caríssimo e só passa filmes infantis e adolescentes; as pessoas são um pouco fechadas e em todas as esquinas ouvimos músicas com rimas pobres de uma dupla sertaneja qualquer, coisa que tem aos montes aqui. Sem esquecermos que todos os anos a maior parte da população adora ir cheirar coco de vaca na Expogrande. E que hipocrisia, filhinhos de papai e supostos donos do mundo tem aos montes, mas isso, convenhamos, não é exclusividade nossa.
Mas Campo Grande também tem o Cine Cultura, um cinema com ótimos filmes e péssimo público. Tem sobá; tem imigrantes, que trouxeram seus costumes e tradições, fazendo de Mato Grosso do Sul um estado cheio de cores, costumes, tradições. Tem as ruas largas. Tem o MS Canta Brasil. Tem Ipê no inverno, tapetes de flores no chão. Um pôr-do-sol fantástico, parques lindos (que, todos sabemos, são para esconder erosões. Mas não deixam de ser bonitos). “Muito longe” aqui é um lugar que fica no máximo à 25 minutos de carro.
Enfim, sou campograndense. Nasci aqui, sempre morei aqui e desde que decidi sair tenho sentido uma pontada coração por deixar tanta coisa que vivi aqui pra trás. Minha família está aqui. Meus amigos. A maioria dos momentos mais intensos que vivi foi nessa cidade. Eu vivi, e vivo, as coisas boas e as ruins. Por isso, cada vez que escuto alguém falar que Campo Grande (ou alguma cidade do interior, como Bonito ou Corumbá) fica em Mato Grosso me irrito. Não é, queridos péssimos em geografia. Desde 1977 somos um estado, tem um “sul” que nos individualiza, nos particulariza. E, algumas vezes, nos envergonha.
Como hoje (ontem, na verdade, considerando que já passa da meia-noite), no programa CQC. Quase doeu ouvir que foi um deputado daqui que agrediu a equipe que fazia uma reportagem sobre os deputados que assinam sem ler projetos de emenda constitucional.
Nosso Excelentíssimo Deputado Nelson Trad foi o responsável pelo feito.
Para quem não sabe, não se lembra ou se confunde, não é apenas ele com este sobrenome na política sul-matogrossense. A família Trad é (perdão pelo trocadilho; mas eles mesmos o usam...) uma das mais tradicionais na política por estes lados. O atual prefeito (Nelson Trad Filho), o deputado estadual Marcos Trad e o ex-presidente da OAB/MS, Fábio Trad, são os três pimpolhos do excelentíssimo senhor. Seguiram os passos do pai na política; minha tristeza é não entender de política regional o suficiente para dizer se também o fazem na forma de fazer política. Espero que não (eu tenho uma queda quase ilógica pelo otimismo).
Sim, não sou nenhuma expert em política. A maior parte do que sei é resultado de algumas reportagens soltas e alguns comentários de minha tia (ela sim, entende e sabe de tudo o que acontece por aqui. É bem verdade que é direitista, mas parente a gente perdoa e releva quase tudo. Ainda mais ela). Mas nada, absolutamente nada justifica a forma como ele se comportou com a repórter Monica Iozzi. Não responder, como alguns fizeram, já é um absurdo. Fugir, fingir que atende ao celular e outras manobras utilizadas por outros parlamentares é uma atitude infantil, no mínimo. Mas o que ele fez foi vergonhoso. Por não responder, por empurrar a repórter e o cinegrafista, por ignorar. E, principalmente, porque ele realmente representa a política sul-matogrossense: uma política retrógrada, hipócrita, com fortes traços coronelistas.
E é como campograndense que ama e odeia essa cidade, como sul-matogrossense que não deixa escapar o “Sul” quando vai pra fora do estado que digo: sinto-me pessoalmente envergonhada. Se pudesse, pediria desculpas por esse tipo de atitude; afinal, tendo ou não votado nele, ele me representa naquele Congresso.
Agora, não posso deixar de pensar: em que isso resulta? Sei que, como eu, muitos viram e se indignaram. Mas também sei que se ele se candidatasse seria, muito provavelmente, reeleito.
Então é preciso transformar essa revolta em ação. O “BORA BRASIL” do tópico anterior continua valendo: quando acabar a copa temos que continuar lembrando que somos brasileiros. E deixar de cometer os mesmos erros.

domingo, 13 de junho de 2010

Bora Brasil!!!!!!

De repente, todas as idéias sumiram.
Conversava com meu irmão e ele dizia: você podia escrever um texto sobre isso e publicar num blog. Aí eu escrevia o texto e deixava pra pensar no blog depois; mas como estava escrevendo só pra mim a coisa saiu pessoal de mais e (ao menos ainda) não me sentiria à vontade colocando aqui.
Aí, via uma reportagem, um outro blog, uma foto... tinha opinião e vontade de escrever sobre quase tudo; agora não vem um nada!
Então, o que fazer? Imitar post dos outros =D
Tá, tá não me orgulho disso. Mas em minha defesa digo não é uma imitação; é mais como uma releitura.
A idéia desta postagem veio do blog que o repórter Felipe Andreoli tem sobre a copa (Blog, aliás, que tá muito legal; aqui tem o link).
Não sou muito ligada a futebol. Não torço por nenhum time. A menos que o Brasil esteja em campo; aí as coisas mudam um pouco; até quase começo a entender algumas regras ;D
Além disso, considerando que só se ouve, vê e fala coisas sobre a copa do mundo, esse post vai ser exatamente sobre isso. Nas últimas copas:

86 – Tinha um ano. Acho que nem meus pais conseguiram assistir essa copa, porque minha irmã mais nova tinha acabado de nascer e eu ainda tinha uns probleminhas de saúde que encheram muito o saco deles.
90 – Cinco anos. Não lembro de nada dessa época, que dirá de uma copa.
94 – Lembro de quase tudo. Assisti na minha tia todos ou quase todos os jogos do Brasil; mas não assistia a nenhum outro jogo. O Baggio perdendo o pênalti e olhando pra baixo. O Galvão Bueno gritando “É tetra! É tetra!”
98 – O Brasil perdendo pra França. Assisti em casa, só com meus pais e meus irmãos. Acabou o jogo, aquela tristeza... descemos pra casa da minha tia. Lembro que era final de tarde e o céu estava lindo, como sempre é no inverno (que não existe) em Campo Grande: tons de vermelho se misturando com o azul. Lembro de pensar que naquele dia até o céu tava torcendo pra França.
2002 – Copa de madrugada. Lembro de um dia que a umas amigas vieram assistir em casa; dormimos e acordamos pro jogo. Quer dizer, fomos pra sala; acordávamos com a bagunça que os outros, que assistiam na varanda, faziam cada vez que o Brasil chegava perto. Acordávamos, torcíamos e assim que voltava àquele jogo de meio de campo não resistíamos e dormíamos de novo. Lembro pouco da final; mas lembro que era um jogo de manhã e que quando o Brasil ganhou fomos eu, meus irmãos e minha prima na Afonso Pena. Tava uma bagunça verde-e-amarela. Voltamos e teve churrasco. Delícia!
2006 – engraçado, mas é a copa que menos lembro (desde a primeira que eu lembro). Assistia na minha tia. Menos um dia, que saímos no começo do jogo pra ir assistir em um amigo da minha irmã; a cidade parecia deserta. E no aniversário da minha tia, o Brasil perdeu. Foi uma festa choca.
2010 – Acho que é a primeira copa que assisto jogos que não os do Brasil. Vamos ver no que dá. Torcendo, acreditando, essas coisas todas. Primeiro jogo já ta combinado: torcer com amigos na casa da Inara. A televisão lá é maior =D

Bora Brasil!!!!!!


=****

sábado, 12 de junho de 2010

E pra começar...

Pois é, pois é. Depois de meses ensaiando, pensando, planejando... resolvi começar esse blog.
Minha maior dificuldade, confesso, foi arrumar um título. Aí, pensei em trocar o blog por um twitter. Mas não ia dar, eu sou muito prolixa (sim, o pleonasmo foi proposital. Eu não consigo dizer uma coisa sem explicar, teorizar, rever. Eu sou muito prolixa!). Tinha que ser um blog. Mas ainda tinha um problema: o título.

Depois de muito (muito mesmo!) pensar, surgiu esse título da esfera motivacional da minha consciência (hauhauhauhauhauhauha) e gostei dele. Então ficou: fragmentos. Algumas palavras, fotos, textos e o que mais aparecer e que são necessários para uma (auto)compreensão. Escrever um pouco de mim, do que penso, do que gosto. Das coisas que tenho vontade de dizer mas que se perdem no caminho.

Enfim, vamos ver no que dá.

=***