Sim, passei dias sem escrever. E não tem desculpas: tive tempo, talvez até inspiração. Mas essa ultima semana a preguiça falou mais alto... mas, para voltar, contar de uma coisa muito legal que aconteceu semana passada. Como de costume, uma pequena introdução...heheheheh
Eu, como quase todas as meninas, cresci ouvindo histórias de príncipes e princesas encantadas. Aquelas coisas da Disney, de “não se preocupe que o príncipe resolve todos os seus problemas e ainda te leva pro castelo encantado e de quebra vocês ainda ganham o felizes para sempre”. Confesso que passei grande parte da minha adolescência acreditando nisso. Muitos dos meus problemas (problemas de adolescente; mas deve-se dar um desconto porque na época parecia que aqueles problemas eram o que poderia haver de pior) só eram encarados com a ilusão de que logo alguém chegaria e resolveria todos os meus problemas.
Há muito deixei de pensar assim. Em relação a príncipes, em relação a salvadores. A vida deve ser intensa, verdadeira e nisso não há lugar pra perfeição, pro “felizes para sempre”. Porque o felizes para sempre não engloba os conflitos, os problemas do dia-a-dia, as desavenças, àqueles acontecimentos que surgem numa manhã fria de de domingo e mudam toda a sua vida, sem nem te dar tempo de respirar pra enfrentar o baque. O felizes para sempre ignora a realidade.
Não, não sou uma pessimista. É exatamente o contrario que quero dizer: intensidade não é a felicidade absoluta, o felizes para sempre; mas o felizes hoje, agora, o felizes apesar de. É enfrentar os problemas. É entender os defeitos.

Adorei essa lembrancinha!
E cada vez que vemos esse tipo (o verdadeiro!) de felicidade é muito bom. Semana passada uma grande amiga minha casou. Eu fiquei imensamente feliz com isso porque acompanhei a estória dos dois desde o começo, vi cada problema, vi eles resolverem e enfrentarem tudo. Participar desse momento dos dois foi uma situação impar por milhares de razões. Porque revivi todos os momentos que passamos juntas desde a época da faculdade. Das brigas, das confusões, da ameaça de expulsão da faculdade (pois é, confusões e injustiças de uma Jornada...), das festas, das provas, de dividir uma vida. Eu também acompanhei (embora nos últimos meses com uma distancia um pouco maior e mais dolorida) a estória dos dois e ela me faz ter certeza de que não existem príncipes encantados, e essa é a parte boa da história. Eles tiveram problemas, provavelmente vão ter outros ainda. Mas a felicidade que os dois estavam, o amor que eles sentem, é maior que isso tudo.
Então, felicidades aos noivos!!!