terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Mafalda

Para começar as despedidas deste ano, nada melhor que Mafalda!!!

Em julho conversamos pra ver se podemos dizer a mesma coisa! =D

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Presentes de Natal

Eu nunca escrevi cartas para o Papai Noel. Mas até que não seria má idéia? Claro que as coisas seriam um pouquinho mais complicadas do que quando eu era criança... já não quero Barbies, patins nem outros brinquedos. As coisas que desejo são muito mais difíceis de conseguir. Ainda assim, já tenho a lista pronta:

Quero saúde, porque é necessário pro resto que vou pedir.
Quero um emprego. E entrar no doutorado. Na verdade quero um emprego para poder entrar no doutorado.
Quero muita diversão, festa e, principalmente, motivos para comemorar.
Quero uma paixão de tirar o fôlego. Com direito a borboletas no estomago, coração disparado, brilho no olho, mão gelada. E que seja correspondida, senão nem precisa trazer.
Caso a paixão não esteja disponível, também aceito paixonites, casos, aventuras, amores de estação e coisas do gênero.
Quero novos amigos. É sempre bom ter novos amigos. Também quero manter as amizades antigas, mas para isso não preciso de nenhum Papai Noel.
Quero coragem.
Quero força. Quero paciência. Quero saber quando usar um ou outro.
Quero entender. As pessoas, principalmente.
Quero conseguir deixar no passado o que é do passado.
Quero reaprender a olhar pro futuro, sem deixar de viver o presente.
Quero muita música, poesia, bons livros.
Quero gargalhadas.


É...tá certo que não é uma lista pequena. Mas também não é lá uma lista tão grande assim! Então, Papai Noel, fazemos assim: vê a lista e me diz o que pode fazer. As outras coisas eu tento dar conta! =D

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Uma saudade diferente

No próximo domingo é aniversário da minha mãe. Ela faria 48 anos. Por isso já faz alguns dias que a saudade tem rondado, apertado um pouco mais forte. Como ontem no mercado com minha tia, em que tive que me segurar porque algumas lembranças insistiam em pousar no meu pensamento. Como logo que minha tia adoeceu, quando eu e minha mãe quase enlouquecíamos tentando entender o que ela queria, ou convencê-la de que aquilo não era necessário. Lembro que de vez em quando eu era a responsável porque minha mãe queria se esconder da tia, como que fugir dela por um tempo - dentro do supermercado. E eu tinha que dizer: “mãe, para com isso!” de uma forma meio rude e ela ria de um jeito que era impossível ficar inerte.


E hoje, meio por acaso, achei uma caixa repleta de fotos que eram de minha mãe. A maioria eram da Orionópolis, das viagens dela, de missas e pastorais e coisas do gênero. E, como que para atiçar a saudade, examinei minuciosamente cada álbum, procurei lembranças em cada imagem.

Mas foi uma saudade diferente que senti.

Porque minhas saudades, aquelas que se referem à minha mãe, são sempre muito doídas. A falta me remete sempre aos últimos meses, em especial aos últimos dias, à internação, aos sons e imagens e palavras daqueles últimos momentos e que tanto me marcaram.

Mas dessa vez não.

Dessa vez eu a vi em fotos que me trouxeram de volta os seus melhores momentos. Ou melhor, as minhas melhores lembranças. Em algumas ela estava com aquele sorriso que já tinha esquecido que ela tinha e quase consegui ouvir a gargalhada dela. Em outras, aquela mulher guerreira que eu tanto admirava, que eu tanto admiro. A amiga, a mãe, a mulher que lutava pelo que acreditava, as pequenas artes que ela sempre fazia, a forma com que ela tornava os problemas mais leves, o que ela me ensinou... tudo o que eu mais gosto nela eu revivi hoje, em fotos, em lembranças.

Foi uma saudade diferente porque me fez rir de algumas lembranças e me alegrar de ter tido essa pessoa tão maravilhosa me ensinando a viver. E hoje até a os beliscões na costela me deram vontade de rir. É claro que a falta dói, e por isso também não consegui evitar de chorar um pouco, enquanto ria...maluquice que hoje me pareceu óbvia. A falta dói, mas hoje eu me lembrei da presença e, ainda que muito pouco, foi reconfortante. Foi impossível não rir. Foi impossível não chorar.

E hoje, com essa saudade um pouco mais colorida, penso como seria se eu encontrasse com ela. Ela estaria orgulhosa pelo mestrado. Ela me mataria pelas tatuagens. Eu mudei um pouco nos últimos anos, me tornei mais cética, menos otimista... como ela veria essas mudanças? Acho que ficaria um pouco preocupada, mas entenderia. Ela sempre se preocupava. Talvez ela se decepcionasse um pouco com algumas das minhas escolhas e minhas crenças, talvez mantivesse a paciência e pensasse que eu ainda vou acertar o meu caminho.

Algumas fotos estão espalhadas pela cama e eu as vejo com o coração cheio da saudade mais feliz que eu já tive. Não é uma saudade fácil. Essa também machuca muito. Mas chego a pensar que talvez ela esteja em algum lugar olhando por mim e que um dia ainda vamos nos abraçar novamente. A fé, ainda que por uns poucos instantes, renasce em mim com a força que tinha na minha infância e adolescência; aquela fé inocente, que acredita sem dúvidas nem questionamentos. E por hoje eu consigo lembrar dela sem nenhum dos fantasmas que sempre rondam os meus pensamentos.


E eu consigo pensar em como foi, em como é maravilhoso tê-la como mãe; que ainda na ausência é absolutamente presente na minha vida. E de como é incrível ser um pouco como ela.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Agridoce novembro.

Existem algumas frases que se tornam marcantes. Letras de música, poesias, crônicas, nomes de filmes, sempre existem frases que se tornam eternas. 'De repente, não mais que de repente'. 'Filhos, melhor não tê-los'. 'E agora, José?' 'Que seja eterno enquanto dure'. 'Doce Novembro'.

Sim, eu gosto desse filme meloso que você assiste sabendo que vai chorar. E acho perfeito o final, que um monte de gente não gosta porque acha que deveria ser mais feliz [o que é impossível, porque era tinha uma doença incurável em fase terminal e ainda que o filme termine antes ela ia morrer e de qualquer jeito eles não iam ficar juntos.] E essa é uma frase que marca todos os novembros desde que assisti este filme.

Não, esse ano não foi um doce novembro. Na verdade Novembro não costuma ser um mês fácil para mim. O feriado do começo do mês, os acontecimentos que encerraram o mês anterior, alguns dos acontecimentos também deste mês não me permitem dizer que foi um doce novembro. Mas não foi um Novembro ruim; eu terminei o mestrado, meu trabalho foi muito elogiado. Meus irmãos vieram pra cá, meu tio também. Minha tia, mesmo toda nervosa, foi me ver. Eu tive alguns momentos maravilhosos.

E, já que penso que a vida é feita dos momentos, eu não posso definir esse mês, nem nada, em uma palavra. Ao menos em uma tão simples como ‘doce’. Porque meu novembro foi doce, mas também foi amargo. Teve lágrimas e sorrisos, gargalhadas e esperanças desfeitas, planos suspensos e esperanças esperando dezembro para se delinearem. Um mês com saldo positivo; dentre mortos e feridos salvaram-se todos; foi, enfim, um novembro agridoce.

Então, que venha dezembro. Com seus anjos, suas promessas, os brilhos e as cores. Um dezembro cheio de momentos - e que o saldo também seja positivo!