quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Au revoir, fevereiro!



Fevereiro é um mês intenso. As cores do carnaval se espalham pelas ruas e pelas almas. Tem sempre um samba embalando a vida, tem sempre alguém fazendo do nosso coração uma bateria de escola de samba. Fevereiro tem chuvas que fingem ser confetes e raios que tentam vir até a terra pra pular um pouco o carnaval.

Mas nesse ano as cinzas da quarta-feira vieram antes da purpurina, dos tules e das lantejoulas. Elas se espalharam por todo o mês e sujaram meu carnaval. Sem confetes, fantasias nem serpentinas: foi um mês de notícias difíceis, desencontros, dores. Um mês curto para tantos acontecimentos. Seus 28 dias foram se arrastando pelo tempo, uma eternidade; um fevereiro que veio do avesso. Um mês que levou algumas fantasias, muitos planos, minha vesícula e algumas de minhas máscaras. Descobri da forma mais doída que as vezes as pedras não estão no meio do caminho, estão dentro da gente. Fevereiro também trouxe algumas conquistas, resolveu alguns problemas, promoveu alguns bons encontros... mas ainda assim não deixa saudade.

Au revoir, fevereiro.

Que venha março. Que as chuvas que fecham o verão levem todos os problemas, confusões, dores e medos. Que tenha risadas e alegrias e conquistas. Que tenha bons encontros. Que seja repleto de silêncios esclarecedores, palavras delicadas, momentos intensos. Que todos os aniversários de março tenham festas que nos façam esquecer todos os problemas (e também alguns brigadeiros, se não for pedir demais). Que os abraços dos encontros confortem um pouco a tristeza dos abraços das despedidas.

E que tenha acasos que mudem o rumo da vida – e que dessa vez seja para um caminho melhor.