quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Caos

Eu não sei explicar. E isso é o mais complicado, porque eu sempre explico tudo, ou tento explicar, ou racionalizo, não importa. Sempre há respostas, ainda que falsas. Mas com ele... com ele é tudo uma confusão.


A verdade é que ele entrou na minha vida como um vendaval e bagunçou todas as minhas certezas, jogou longe minhas convicções, desmanchou minhas ilusões, rompeu algumas das estruturas que me sustentavam, quebrou dezenas de racionalizações.


E aí ele se foi. E eu fiquei sentada, olhando praquele caos todo, tentando imaginar por onde me reconstruir. Mas, e esse foi o maior problema, cada peça que tentava por no lugar eu percebia que estava melhor agora do que antes. E que eu era mais eu no meio daquela bagunça que ele deixou em mim.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Olhou em volta, respirou fundo e pela primeira vez em muito tempo sentiu uma felicidade que pensou não ser mais capaz de sentir. Era uma felicidade leve, doce. Não sabia que tipo de encantamento que era aquele que ela sentia, mas tinha uma vontade imensa de agradecer por estar ali e sentido-se daquele jeito. Não a um Deus, porque não acreditava nisso; tampouco acreditava no Destino. Mas estar ali a fazia querer agradecer à vida, ao mundo, a ela mesma, aos caminhos que de uma forma ou de outra permitiam que ela sentisse aquilo mais uma vez.