sábado, 30 de outubro de 2010

"A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar"
[O Pequeno Princípe, Antoine de Saint-Exupéry]





Mas tem obrigação de seguir em frente.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Caio Fernando Abreu

Estou descobrindo este autor. E rapidinho ele já está entre os meus preferidos. Um dos trechos que mais me chamaram a atenção nos últimos tempos é dele, e segue abaixo...

"E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça - que não era Capitu, mas também tem olhos de ressaca - levanta e segue em frente. Não por ser forte, e sim pelo contrário… por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo".

Caio Fernando Abreu

[sim, estou um pouco depressivazinha ultimamente...]

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

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Eu não sou uma mulher decidida. Sabe aquelas que dizem “eu sei exatamente onde quero ir”? Não, essa não sou eu. Eu não sei nem onde eu quero estar, quem dirá pra onde eu quero ir.

Às vezes às pessoas olham pra mim e pensam que eu sou uma dessas mulheres decididas, seguras, fortes. Toda essa coisa de ‘psicóloga terminando o mestrado’ pode parecer intimidante, pode parecer que eu sei o que quero. Mas não deveria. Eu sou o contrário. Eu sou um poço de dúvidas e indecisões. De medos. De sentimentos confusos e pensamentos desconexos. Minha insegurança é meu maior guia. E por isso sigo a vida tateando, tentando, indo passo por passo, cada movimento milimetricamente planejado como uma tentativa meio absurda de tentar segurar as coisas que eu sei que não posso conter.

Hoje não vai ter textos longos. Nem reflexões. Nem nada. Só isso, uma afirmação: eu sou extremamente insegura.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Escolhas

Você é as escolhas que você faz.

Todo mundo já ouviu isso. Aliás, essa é uma das frases que de tanto ditas acabam se tornando quase que uma expressão vazia, repetida exaustivamente aos quatro ventos e quase nunca realmente levada a sério.

Mas o problema é que não se trata de uma simples força de expressão. Todos os dias tomamos dezenas de decisões que vão desde as mais simples àquelas que podem mudar a nossa vida. E o mais difícil de algumas decisões é que às vezes percebemos só muito depois o quanto elas eram importantes; e, o que é pior, às vezes uma escolha que a gente pensa que é a mais simples torna-se um escolha decisiva.

Escolhemos a roupa. A cor do cabelo. O corte. Não escolhemos o que sentir, mas escolhemos o que fazemos com o que sentimos. Escolhemos com que armas lutar pela felicidade. Escolhemos quando devemos lutar ou deixar passar, escolhemos falar ou calar, escolhemos. Às vezes as escolhas não são nossas, e temos que lidar com as conseqüências; às vezes não percebemos que estamos escolhendo uma coisa ou outra até que não tenha mais volta.

Mas não importa, é sempre preciso fazer escolhas. Algumas são tão fáceis que nem percebemos muito que se trata de uma escolha e a fazemos com uma tranqüilidade inimaginável. Outras parecem como um salto no escuro, sem saber muito bem pra onde, sem ter noção do tamanho da queda, sem ver se há redes de proteção. Sem saber se o resultado vai ser um tombo daqueles ou uma das coisas mais divertidas que você já fez na vida. Essas decisões, essas escolhas são as que realmente nos definem, e são as mais difíceis de serem tomadas.

Saltar ou não?

A melhor escolha, nesses casos, é ficar na ponta dos pés, abrir os braços, respirar fundo e se soltar. Torcer pra que dê certo, ou ao menos que no fim do salto tenha alguém com você, seja pra te socorrer, seja dividir pra dividir a alegria. Mas é difícil, muito. Lidar com o desconhecido, com a chance de se machucar. Mas quer saber? Quando você resolve fazer isso...

É uma sensação maravilhosa.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Em homenagem aos mineiros resgatados no Chile.

Se cada dia cai

Se cada dia cai, dentro de cada noite,
há um poço
onde a claridade está presa.

Há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar a luz caída
com paciência.

Pablo Neruda

sexta-feira, 8 de outubro de 2010